
Quase 80% das mães de Belford Roxo, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, precisam sair da cidade para realizar o parto de seus filhos, por falta de infraestrutura hospitalar no município. O número é bem maior do que a média nacional, que aponta para 33,9% do total de nascimentos fora da cidade de residência da mãe do bebê.
Os dados são de 2023 e fazem parte dos levantamentos ‘Estatísticas do Registro Civil 2023’ e ‘Estimativas de Sub-Registro de Nascimentos e Óbitos 2023’, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (16).
Com 79,5% dos partos realizados fora da cidade, o índice de Belford Roxo é o mais alto entre municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes.
Segundo o levantamento do IBGE, o cenário expõe a carência de leitos hospitalares e a precariedade da rede de saúde local, obrigando gestantes a buscar atendimento em outras cidades, como a capital Rio de Janeiro.

Em cinco anos, o país registrou 345 mil nascimentos a menos. A Região Sudeste, onde está Belford Roxo, segue com o maior percentual de mães acima de 30 anos (39%), cenário associado à urbanização e ao acesso a políticas de planejamento familiar.

Em 2023, 98,9% dos partos no Brasil ocorreram em hospitais, mas 11,8% dos nascimentos ainda são de mães adolescentes, com disparidades regionais. No Norte, 18,7% dos partos são de mães com até 19 anos, contra 7,3% no Distrito Federal.
Os dados revelam que 39% dos nascimentos em 2023 no país foram gerados por mães com 30 anos ou mais. Entre 2003 e 2023, a representatividade de nascimentos gerados por mães com 30 a 34 anos aumentou de 14,6% para 21,0%, e para mães de 35 a 39 anos aumentou de 7,2% para 13,7%.
Com informações do G1
