
Um trabalho quase de detetive está devolvendo água para milhares de moradores da Baixada Fluminense. Em seis meses, equipes do setor de Controle Ativo de Vazamentos da Águas do Rio percorreram mais de mil quilômetros de tubulações subterrâneas — o que equivale a uma viagem do Rio de Janeiro a Brasília — e realizaram cerca de 730 reparos em vazamentos ocultos, aqueles que ocorrem sob o asfalto, sem sinais visíveis. O esforço reforça o compromisso da concessionária em combater o desperdício e melhorar o fornecimento de água na região.
Com o apoio de tecnologias de ponta, como sensores de pressão e geofones — dispositivos capazes de “ouvir” o solo —, os técnicos conseguem localizar vazamentos invisíveis antes mesmo de a água aparecer na superfície ou faltar nas torneiras. Bairros em Nova Iguaçu, Belford Roxo e Duque de Caxias já foram beneficiados pela operação, que segue avançando com novas frentes de atuação ao longo deste ano.
A estratégia da empresa vai além das ferramentas tradicionais. A Águas do Rio também tem como aliado no combate a perdas um satélite, que antes era utilizado para encontrar água em Marte. Por meio dele, é possível identificar a presença de água com cloro no solo, um indicativo de rompimentos invisíveis na rede.
“Recebemos as imagens do satélite e, a partir delas, conseguimos direcionar nossas equipes para os pontos com maior potencial de vazamento. A tecnologia tem um índice de acerto entre 70% e 80%, o que nos permite agir com mais precisão e agilidade”, explica Leonardo Canto, gerente de Operações da Águas do Rio.
A empresa também reforça a importância da participação da população: moradores que identificarem suspeitas de vazamento ou baixa pressão podem acionar o canal de atendimento por meio do 0800 195 0 195, disponível para ligações gratuitas e WhatsApp, contribuindo para respostas mais rápidas e eficazes.

