A personal trainer Ilines Valesca Carnaval da Silva, de 30 anos, foi encontrada morta dentro de casa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no último domingo. A família de Ilines contou que inicialmente o caso havia sido registrado como suicídio, já que ela foi encontrada sem vida, com uma corda amarrada ao pescoço. Mas, o laudo do Instituto Médico-Legal constatou que a personal morreu por asfixia mecânica, com sinais de estrangulamento. O que levou a polícia a realizar diligências para entender as circunstâncias da morte e para apurar se a personal foi vítima de feminicídio. Nesta segunda-feira, o marido da vítima foi preso acusado de forjar a morte de Ilines.
Parentes de Ilines estiveram na 54ª DP (Belford Roxo), nesta segunda-feira, onde o caso foi registrado, e acusaram o marido dela, o professor de academia e fisiculturista, Valdenir da Silva Almeia, de ser o responsável pela morte. Valdenir chegou a ser conduzido por agentes até à delegacia para prestar depoimento. No local, alegou aos policiais que a mulher “era depressiva e fazia uso de medicamentos”. Versão contestada pela família, já que no dia em que a personal foi encontrada sem vida havia malas com roupas e mensagens de celular trocadas entre ela e irmã, afirmando que tinha “vontade de sair de casa e deixar o casamento por não suportar os abusos”.
—- Aquele covarde matou minha irmã e fingiu que ela tinha se matado. Ele já tinha agredido ela. Minha irmã estava com as bolsas prontas para ir embora. Queremos justiça. Ele aproveitou esse tempo para matar ela. Foi covarde, frio e calculista — desabafou Andreza Carnaval de Souza, irmã da vítima.
Segundo informações obtidas pelo portal G1, o marido foi preso como suspeito pela morte da mulher na tarde desta segunda-feira. Imagens de câmeras de segurança mostram Valdenir agredindo a vítima dentro do prédio onde o casal morava, horas antes de ela ser encontrada morta, no último domingo. Segundo as investigações, ele teria forjado a morte como suicídio horas depois das agressões, que aconteceram durante a manhã de domingo. À tarde, ele avisou ao porteiro do prédio que a mulher teria se matado.
O enterro de Ilines está marcado para terça-feira, às 10h, no Cemitério Jardim de Mesquita, onde familiares e amigos devem se reunir para se despedir da jovem. O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada que buscam esclarecer as circunstâncias do crime.
Em nota, a Polícia Civil informou que “os laudos periciais serão analisados e outras diligências estão em andamento para esclarecer as circunstâncias da morte”. E que nenhuma linha de investigação é descartada.
Ainda segundo o G1, a delegada Cristiana Bento, titular da 54ª DP, descartou a hipótese de suicídio já que o laudo aponta morte por asfixia mecânica. Com a linha de investigação de feminicídio, o caso passa para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Até o momento, Valdenir está em prisão temporária de 30 dias autorizada pela Justiça no início da noite desta segunda.
Com informação do Globo