Redação
Funcionários da Secretaria municipal de Saúde da Prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, relatam que estão enfrentando descontos indevidos em seus contracheques, apontados como faltas em dias em que, segundo eles, trabalharam normalmente. Mesmo com comprovantes de presença, os servidores denunciam que esses descontos não somente comprometem suas finanças pessoais, como refletem a falta de transparência e de soluções por parte da administração pública.
Os problemas começaram no início do ano, após a prefeitura assinar um contrato de R$ 170 milhões para a gestão da rede municipal de assistência médico-hospitalar por Organizações de Saúde (OSs). Essa mudança, segundo os servidores, gerou um caos administrativo, culminando em falhas nos registros de ponto. Em um caso emblemático, a falta de energia elétrica no local de trabalho impossibilitou a marcação adequada de presenças, levando a mais descontos.
Além dos cortes indevidos, os trabalhadores também se queixam da falta de pagamento de insalubridade, um direito garantido para quem lida diariamente com riscos à saúde. Muitos se sentem desamparados, pois a prefeitura não garantiu que esses descontos serão corrigidos, aumentando a insegurança financeira.
Categoria de fora do reajuste
No meio do ano, houve a implementação do reajuste salarial de 5,26% para os servidores públicos de Nova Iguaçu, que foi anunciado em abril. Apesar de ser retroativo ao mês de janeiro, esse aumento não beneficiará os funcionários da Saúde, que, segundo a administração, já estariam recebendo conforme o piso nacional da categoria.
Essa justificativa, no entanto, é vista como uma forma de deixar os profissionais à margem de correções inflacionárias anuais, perpetuando a insatisfação entre a categoria.
Demora para analisar situações prejudica organização financeira dos trabalhadores
Com medo de represálias, funcionários relataram, sob condição de anonimato, que falta até mesmo suporte para resolver os descontos.
Em conversas realizadas com o setor de Recursos Humanos — tanto por WhatsApp quanto por e-mail — os servidores apontam demora nas respostas. Há casos em que o setor responsável levou cinco dias para visualizar uma única mensagem.
— É raro que algum desconto seja devolvido, mesmo que tenha sido uma falha comprovada do sistema — diz um servidor.
Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de Nova Iguaçu informou que os servidores que se sentirem prejudicados “podem e devem procurar o setor de Recursos Humanos da Semus para esclarecimentos”. Segundo o governo, os casos serão analisados individualmente e, se tiver ocorrido alguma falha, os valores serão pagos na próxima folha salarial. Ainda de acordo com a nota, “os servidores têm um prazo de 72 horas para entregar o atestado que justifique sua ausência, atraso ou saída mais cedo do expediente”.
Com informações do Extra
Uma resposta
Isso é só um começo de mais um descaso desses políticos que não estão nem aí para o povo ,o atual prefeito que ficou 8 anos no poder e nunca fez nada ,conseguiu colocar outro incompetente no poder é o povo tem culpa nesses acontecimentos e não aprendem, essa culpa eu não levo ,não acredito nesses caras