Redação
Sob gestão da iniciativa privada há cerca de quatro anos, o Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, já não recebe lixo desde 2012. As cenas de catadores disputando espaço nas montanhas de lixo fazem parte do passado. Mas o trabalho de contenção dos detritos que chegam pela Baía de Guanabara não para.
Para proteger o mangue local, que foi revitalizado graças ao plantio de 150 mil mudas de diversas espécies, funcionários da Statled Brasil, administradora do aterro, têm recolhido uma média mensal de uma tonelada de lixo que chega ao local trazido pelas marés.
E tem de tudo, de equipamentos eletrônicos a garrafas pet, passando por carcaças de geladeira e fogão. Mas o recordista, há anos, continua sendo o pneu. De difícil decomposição, ele acarreta danos e atrapalha o ecossistema da região, conforme explica o engenheiro ambiental Vinícius Freitas, gerente-geral do aterro: “Mobilizamos diversas equipes todos os dias para limpar o fundo do mangue, que dá para a Baía de Guanabara. É um trabalho difícil, demorado, porque chega de tudo. Mas os pneus, ultimamente, estão batendo recordes. Além de serem de um material agressivo à natureza, com a força das marés eles acabam destruindo as redes de proteção que montamos para preservar a área de mangue”.