Democracia sai fortalecida com debates do Estúdio B

Redação

A democracia, essa distinta senhora, foi a grande vencedora da série de debates que o Estúdio B promoveu na semana passada, com os candidatos a prefeito dos quatro maiores municípios da Baixada Fluminense. Apesar de algumas tentativas de desmoralização, perpetradas por postulantes que faltaram ao encontro, o saldo é para lá de positivo. Os cerca de quatro milhões de habitantes da região, especialmente os de Nova Iguaçu, Belford Roxo e São João de Meriti, puderam conhecer um pouco mais sobre a intenção dos candidatos a prefeito nas eleições de 6 de outubro.

A exceção ficou por conta de Duque de Caxias, justamente a maior cidade da Baixada e a que conta com o maior colégio eleitoral. Com exceção de Wesley Teixeira (PSB), os outros candidatos fizeram pouco caso do espaço destinado à discussão política. Zito (PV), em cima da hora, enviou mensagem à produção do Estúdio B informando que o ex-prefeito não iria ao debate. Pior fizeram Celso do Alba (União) e Netinho Reis (MDB), que não se dignaram sequer a responder ao chamamento da produção do veículo de informação.

“Para quem deseja governar uma cidade do tamanho e da importância de Duque de Caxias, é lamentável o desprezo dos principais candidatos pelo povo, pela opinião pública”, diz o jornalista Marlon Brum, que coordenou os debates no Estúdio B.

Pior ainda, no entanto, fez Dudu Reina (PP), pupilo do prefeito Rogério Lisboa em Nova Iguaçu. Talvez sabendo de sua incapacidade em debater ideias e expor seus projetos, o candidato tentou melar na Justiça o debate na mais importante cidade da Baixada. Para a má sorte dele, a Justiça rechaçou a manobra de seus advogados e todos os outros cinco concorrentes compareceram e fizeram de Dudu Reina o principal alvo de todo o tipo de críticas e ataques.

“Como vou votar num cara que tenta evitar um debate no tapetão? Imagina se for eleito, não vai querer saber de ouvir o que a população tem a dizer”, ataca o iguaçuano Fernando de Oliveira.

Em Belford Roxo e São João de Meriti, os principais aspiras a prefeito também não demonstraram muito apetite pela democracia e faltaram ao debate. Melhor para quem compareceu, como Elvis Silva (Novo), Professor Joziel (PSB) e Juliana Drumond (Psol), que aproveitaram bem a oportunidade em São João. O mesmo pode se dizer de Assis Freitas (PSB) e Vinícius Crânio (Psol), os dois únicos a mostrarem disposição de debater os problemas e as soluções para Belford Roxo. Márcio Canella (União) e Matheus do Waguinho (Republicanos), coitados, calados, são dois poetas. Optaram por não dar as caras.