Redação EstúdioB
Faltando 4 dias para acabar o ano de 2023, o Hospital Iguassú ainda não foi inaugurado. No dia 24 de junho de 2023 Rogério Lisboa esteve na unidade, quando gravou um vídeo para publicar em suas redes oficiais, explicando sobre o andamento da obra. Lisboa disse que a unidade seria entregue ainda esse ano, mas que não daria uma data para não errar, mas que desse ano não passaria. A obra segue a passos de tartaruga e, segundo um ex-secretário da cidade: “Houve uma fiscalização do Cremerj e foram apontadas irregularidades em salas de cirurgias que estavam com tamanho menor. Fora a parte da documentação da unidade que está em posse de um empresário muito conhecido na cidade que não abre mão de seu percentual”. Para a moradora Ana Clara Serra, a inauguração ficará para 2024, “não vejo movimentação para inauguração do hospital, acho que ficou só na promessa mesmo do prefeito Rogério Lisboa”, frisou a moradora.
Gerador de energia foi apelidado de “Trem da MRS”
Quem passa na Rua Capitão Gaspar Soares dá de cara com um gerador que tomou conta da metade da rua. Isso mesmo! Um gerador de energia que já foi apelidado pelos moradores de “Trem da MRS”, por causa das características parecidas com um trem da carga.
Moradores afirmaram ao Estúdio B que já aconteceram diversos acidentes no local por falta sinalização. Antigamente a rua Capitão Gaspar Soares era mão dupla devido às clínicas que tem na localidade, utilizadas por pessoas que buscam atendimento. Hoje, mudaram para mão única devido ao gerador de energia colocado em local impróprio e, até agora, ficou por isso mesmo. Quem passa ao lado do gerador percebe que não há um isolamento, frisou um morador.
Túnel do tempo
O prazo inicial era de 240 dias de obras ao custo de R$ 16,2 milhões, mas com seis aditivos, a Secretaria de Saúde ampliou para 1200 dias e o contrato já está em R$ 23,3 milhões, fora uma “recomposição” de R$ 4.005.533,83, assinada em setembro de 2022. Além do contrato assinado com a Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu para a reforma do Hospital Iguassú – iniciado em R$ 16.207.280,20, chegou a R$ 23.312.465,60 e teve uma “recomposição” de R$ 4.005.533,83 a título de “equilíbrio econômico-financeiro” –, a empresa Fab Mix Concretos teve pelo menos cinco, dos 15 firmados com a Secretaria de Infraestrutura, turbinados com termos aditivos homologados para aumentar os valores dos contratos e ampliar o prazo de execução das obras e serviços.
É o caso, por exemplo, do contrato 044/20, cujo objeto é “reparo em calçamentos em diversos logradouros”. Com prazo de 12 meses, o instrumento jurídico foi firmado no dia 8 de julho de 2020, pela secretária Cleide de Oliveira Moreira, com valor inicial de R$ 13.275.514,60 e chegou a R$ 33.698.045,19. Os demais contratos são os de números 036, 040, 045 e 046, todos de 2022 e tendo como objeto “infraestrutura urbana com drenagem pluvial e pavimentação”.
O contrato 036 começou a vigorar com o valor de R$ 6.171.748,30 e subiu para R$ 7.476.811,63, enquanto o 040 tinha o global de R$ 9.235.935,15, que passou para R$ 10.425.607,51. Já o 045, evoluiu de R$ 2.944.244,77 para R$ 3.947.157,40, e o contrato 046, foi assinado no valor de R$ 4.506.160,05, e reajustado para R$ 5.298.741,82.
Quando foram assinados pelas respectivas secretarias, os seis contratos aditivados somavam R$ 52,3 milhões e, hoje, representam o total de R$ 84.158.303,45.
*O espaço está aberto para a manifestação da Prefeitura
