Redação EstudioB
É como dar um presente de papai noel a uma criança e impedir que ela abra a embalagem. É assim que se sentem estudantes de escolas municipais de Nova Iguaçu que, apesar de terem recebido aparelhos de ar-condicionado, passaram o ano inteiro no que chamam de sauna de aula. Os equipamentos foram instalados, mas não puderam ser utilizados porque não tem energia suficiente para ligá-los.
“Essa é mais uma bizarrice do prefeito Rogério Lisboa, o cara vai passar dois mandatos, oito anos, sem dar solução para algo fundamental para o aprendizado das crianças e conforto dos professores”, desabafa a mãe de um aluno da Escola Municipal Professor Amazor, no bairro Jardim Tropical.
A situação vivida nas 11 salas de aula da Professor Amazor não é exceção, mas, infelizmente, a regra. Recentemente, o prefeito Rogério Lisboa foi às redes sociais tentar explicar o absurdo de não ter conseguido climatizar as escolas da cidade que governa há sete anos. Ele culpou as licitações, a Light, o tempo… Hoje, apenas 17 escolas das 150 da rede municipal contam com refrigeração, ainda assim de forma precária, pois há dias em que os aparelhos de ar-condicionado não operam.
Cadê a cobertura, prefeito?
Em frente à estação da Supervia, que fica no centro de Nova Iguaçu, tem um ponto de ônibus mais movimentado da cidade. Mesmo sabendo da onda de calor que, atualmente, passa dos 40 graus, secretários ou até mesmo o atual prefeito Rogério Lisboa, poderiam chamar os empresários das linhas de ônibus para fazerem uma parceria e colocarem coberturas nos pontos.
Sem essa iniciativa, quem sofre é uma parte considerável da população iguaçuana que, para se proteger, utilizam o guarda-sol dos ambulantes. “Precisamos ter mais carinho e empatia com a nossa gente”, frisou um ambulante que ajuda com seu guarda-sol para aliviar o calor na fila do ônibus.