EstudioB
A entrevista coletiva do governador Cláudio Castro após os ataques do consórcio milícia-tráfico, que deixou o Estado de joelhos, pode ser considerada tão catastrófica quanto a ação dos bandidos. Como se estivesse no mundo da lua, alheio à maior ação do banditismo no Rio em décadas, ele teve a petulância de dizer que as forças policiais do seu governo estavam todas contingenciadas. Há que se perguntar: se estavam contingenciadas e 35 ônibus e até um trem foram queimados, imagina o dia em que eles estiverem desmobilizadas. Invadirão o Galeão para atear fogo em aviões, né?
O governador que caiu de paraquedas no Palácio Guanabara, que teve estômago para formar chapa com Wilson Witzel, assumiu o posto depois da derrocada de seu parceiro e nunca mostrou habilidade para estar no cargo. Sobretudo quando o assunto é Segurança Pública. Uma amostra disso foi seu ato, semana passada, de entregar de bandeja o comando da Polícia Civil para deputados da Alerj. Esse movimento, trágico, nem o finado Sérgio Cabral teve coragem de fazer. Cabral sempre dizia e cumpria o ditado de que a área de segurança não é para político meter o dedo. O sinal agora dado por Castro a toda a população é que temos um governador frouxo, que faz do bem-estar e da paz do povo fluminense moeda de troca.