15 novembro 2024 - 16:36

Eduardo Cunha chama governo Lula de analógico e, sobre as eleições na Baixada Fluminense, disse que prefeitos poderão se reeleger ou eleger seus indicados

 

Em visita ao EstudioB, o ex-deputado federal Eduardo Cunha, disse que o governo Lula é analógico. Foto: divulgação EstudioB

EstudioB

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, esteve hoje (01) visitando o EstudioB Central de Entrevistas, na Baixada Fluminense. Em sua visita, Cunha afirmou que ajudará o atual prefeito de Belford Roxo, Waguinho, a quem chamou de “querido Waguinho”, na eleição municipal de 2024. Cunha também frisou sobre o cenário de outras cidades da Baixada Fluminense onde, possivelmente, tiverem reeleição ou que os candidatos que os prefeitos indicarem serão eleitos.

Perguntado sobre o Governo Lula, o ex-deputado abriu seu leque de sabedoria alfinetando o Pac (Programa de aceleração do Crescimento). Cunha disse que o governo Lula está na era “analógica” e que hoje vivemos na era digital. Sobre o impeachment de Dilma, Cunha disse que o TRF não anulou nada. Finalizando suas espetadas, o ex-deputado federal disse: “O governo Lula vem repetindo as mesmas bobagens que fizeram no passado”.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, respondeu quatro perguntas feita pelos jornalistas do EstudioB .
1) O que o senhor achou da anulação pelo TRF de Brasília da condenação da ex-presidente Dilma Rousseff pelas pedaladas fiscais?

Cunha responde: Primeiro lugar, o TRF não anulou nada, simplesmente, disse que ela não poderia ser duplamente processada, já que sobre isso ela responde sobre responsabilidade fiscal e não caberia improbidade. Então, é uma narrativa falsa daqueles que estão tentando apagar aquilo que aconteceu no país. Aliás, a Dilma não sofreu impeachment pelas pedaladas fiscais que ocorreram em 2014. Ela sofreu impeachment, em 2015, quando editou decretos de execução orçamentária sem respaldo do Congresso Nacional. Foi por isso que ela teve seu processo de
impeachment aprovado e, por isso, foi afastada.

2) Como o senhor vê o cenário político para 2024 na Baixada e também na capital?

Cunha responde: O cenário no Rio de Janeiro está vivendo outro momento. Um momento em que as dificuldades financeiras de todas as regiões são enormes. Houve uma queda de arrecadação generalizada no Estado e nas prefeituras também. Claro que de uma certa forma vai impactar. Vamos ver se a economia vai recuperar para ver como vai ser a capacidade.

De uma maneira geral, eu vejo bem posicionado aqueles que estão buscando a reeleição e aqueles que estão terminando seu mandato com seus candidatos. Geralmente, esses são, talvez, os grandes favoritos para a serem escolhidos na próxima eleição. Talvez São João seja ainda uma eleição mais dura de todas. Mas os outros municípios da Baixada, pelo que estou vendo, sentindo, os prefeitos vão se reeleger ou os candidatos dos prefeitos que estão indicando deverão ser os vencedores.

3) O senhor pretende apoiar algum candidato ou se envolver em alguma campanha na Baixada?

Cunha responde: Sim, é possível. A gente é político, mas, embora a militância política, aqui do Rio, está sendo feita pela minha filha, que é deputada. Ela certamente vai se envolver. Eu continuo com domicílio em São Paulo. Não sei ainda se vou transferir ou continuar, mas como a gente politico sempre estarei presente, principalmente, no caso de Belford Roxo, com o querido Waguinho. A gente vai estar presente com ele, sem dúvidas nenhuma.

4) Como o senhor vê o governo Lula até esse momento?

Cunha responde: Eu vejo um governo com repetição de todos os erros que eles praticaram. Parece que o tempo passou e o governo continua analógico. Certamente, isso não me parece que vai terminar com grande popularidade. Eu esperava um Lula mais moderno, mais conciliador, um Lula com outras políticas. Mas, infelizmente, o que eles fizeram foi requentar tudo, até o Pac virou novo Pac. O velho virou novo, mas as práticas erradas no ponto de vista de políticas públicas, na minha opinião, são equivocadas. Então, eu não vejo um cenário muito bom. Não aprovo o governo e não vejo esse governo. O fim dele não pode ser aprovado pela maioria.

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