EstudioB
Seria Washington Reis capaz de voar? Ou de correr à velocidade da luz? Ou mesmo enxergar como um telescópio? Porque só os eventuais superpoderes, invisíveis ao olho nu e reto das pessoas normais, seriam capazes de justificar o fato de o ex-prefeito de Duque de Caxias, ex-deputado federal e atual secretário de Transportes do governo Cláudio Castro ser mantido empregado pelo atual senhorio do Palácio Guanabara diante de tantas denúncias.
Se os escândalos envolvendo a família Reis se sucedem – o mais recente é este da quadrilha da caderneta de vacina fraudada, cujo bunker era a Prefeitura de Caxias – e Washington Reis se mantém intocável. Se ainda na campanha, contra tudo e contra todos o governador fez o malabarismo que fez para manter Washington Reis como seu vice até onde pode. Se o Ministério Público tem hoje uma série de investigações sobre a atuação de uma máfia em diversos contratos da Prefeitura de Caxias e ainda assim Washington Reis continua firme como uma rocha… A pergunta que até as pedras portuguesas do calçadão de Copacabana fazem é: o que une os Reis a Cláudio Castro?
Há de ser uma força, como dito no início, sobrenatural. Por situações muito menos embaraçosas, para dizer o mínimo, ocupantes de cargo de comando em governos municipais, estaduais ou federais já caíram. Ministros de estado já receberam o cartão vermelho por problemas que, colocados lado a lado com os produzidos em profusão pela família Reis, ficam parecendo brincadeira de criança. Mas aqui, por obra e graça unicamente do governador Cláudio Castro, já que grande parte de seus assessores mais diretos já pediu a cabeça de Washington Reis, este, já condenado em última instância por crime ambiental, permanece inabalável.
Até quando o governador vai se travestir de malabarista para justificar essa situação, o tempo dirá.